ELVAS, FORTIFICAÇÃO ABALUARTADA

PATRIMONIO DA HUMANIDADE

 

Elvas é uma das escassas cidades européias que foi capaz de conservar grande parte de suas muralhas medievais e a totalidade do recinto abaluartado (mau chamado

 Vauban). Este último por sua importância, é um dos exemplos mas significativos de fortificaciónes abaluartadas dos séculos XVII ao XVIII. Todos seus elementos (portas,

 revellines, fortes, baluartes, casamatas, caminhos cobertos, corpos de guarda, etc) podem ser admirados individualmente e em seu conjunto. O sistema defensivo se

reforçou com dois fortes exteriores situados sobre sendas colinas que dominam a cidade: Santa Luzía e Nossa Senhora de Gracia. É de destacar que esta fortificação,

uma vez que se completou em toda sua extensão, jamais foi tomada pelo inimigo.

Em 1578 o monarca Dom Sebastián desapareceu na batalha de Alcazarquivir sem deixar descendência, abrindo-se uma crise sucessória, que se limpou nomeando rei ao

 ancião Infante e Cardeal Dom Enrique, que aos 17 dias de sua proclamação faleceu. As Cortes, por meio de um Edital Público, fizeram um apelo a todas as pessoas que

se cressem com direito a cingir a coroa lusa. Abriu-se assim uma das etapas mas importantes da história moderna de Portugal.

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Felipe II de Espanha desposado em 1543 com a princesa Dona María, filha de Juan III e Catalina reis de Portugal, reclama seus direitos sucessórios, apoiado por grande parte da nobreza portuguesa e os grandes comerciantes, recebendo o apoio das Cortes de Almeirín em 1579, criando-se de fato a união dos dois países.Não obstante, o povo plano apoiou as aspirações do Prior de Crato, sobrinho do Infante Dom Enrique, opôs-se à designação do novo monarca, sendo proclamado rei em Santarem no ano 1580, o que motivou que Felipe II ordenasse ao Duque de Alva a invasão de Portugal. Este partiu de Badajoz ao comando de um potente exercito de 30.000 homens, que tomou a vaga de Elvas em conivência com seus governantes e ao mesmo tempo se fez com a vizinha cidade de Olivenza. Depois de entrar em Setúbal e mas tarde em Lisboa, as Cortes de Tomar o proclamam rei como Felipe I. Isto é, duas coroas e um só rei. O monarca dilatou sua estadia em Portugal durante três anos.

Os compromissos contraídos por ambos países, são incumpridos pelos sucessivos monarcas espanhóis, que entregaram os cargos públicos e administrativos a castelhanos ou portugueses advenedizos, carregando de impostos ao povo e impondo uma política repressiva, que progressiva e inexoravelmente foi desaprovada por este e por parte da nobreza. Enquanto as contendas bélicas mantidas por Espanha, prejudicavam a expansão portuguesa nas Índias, aconteceu que com motivo da guerra em Cataluña, o duque de Braganza se negou ao envio de forças portuguesas. As revoltas se sucederam por todo o território, até o ponto de que em dezembro de 1640 a multidão atacou o Terreiro do Paço, dando morte ao valido de Felipe IV, Dom Miguel de Vasconcelos. Foi o início da Guerra de Restauração de Portugal.

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Nesta contenda Elvas teve uma capital importância, devido a sua situação estratégica. Entre outros incidências, destaca o ataque das forças espanholas ao comando do Marqués do Carpio, que com 15.000 homens, entre infantes e cavalos, submeteu-a a um duro e longo assédio. A cidade amparada em sua formidável fortificação agüentou apesar da inferioridade de suas forças e das epidemias que padeceu sua população. O cerro sobre o que posteriormente se edifício o forte de Gracia, foi ocupado pelos castelhanos que bombardearam a população com grande dureza desde este ponto. Em defesa da vaga foram forças desde Estremoz e outras guarnições da fronteira, ao comando do Conde de Cantanhede. O 14 de janeiro de 1659, Andrés de Alburquerque rompeu as linhas enemigoas, dividindo suas forças. Finalmente coordenando-se com as tropas de Antonio Luis de Meneses, Portugal consegue derrotar aos os espanhóis, infligindo-lhes uma importante derrota na conhecida e transcendental Batalha das Linhas de Elvas.

A aproximação de Espanha a França e o crescente poderío da aliança de Portugal com a Coroa Britânica, criaram um novo foco de tensão na península, tomando soma importância a vaga de Elvas e sua imponente fortificação abaluartada (mau conhecida como Vauban). Durante a Guerra de Sucessão espanhola, a cidade serviu de base às forças portuguesas e britânicas ao comando do Marques de Minas, e mas tarde com a cooperação do Conde de Galloway se internaram em território espanhol, conquistando várias populações, como Alcántara e Plasencia, para chegar mas tarde às proximidades de Madrid.

BALUARTES

Segundo os experientes as fortificações de Elvas a convertem na mais poderosa de Europa, sendo considerada como inexpugnável. As obras de tão complicado entrelaçado defensivo foram encomendadas ao General Rui Correia Lucas, que materializou o desenho original de Ian Ciersman “Cosmander”, jesuíta de origem holandesa. O conjunto da fortificação é um exemplo perfeito da adaptação da ingenieria defensiva às táticas militares e artilheiras do século XVII. Está composta por sete baluartes (Santa Bárbara, Porta Velha, Casarou, Praça de Armas, Olivença, Sao João de Deus, N. Sra. Conceiçou), quatro médios baluartes (SOu João dá Corujeira, São Domingos, Trem e Príncipe) e a obra coroa que era uma ponta de flecha defensiva ante ataques provinientes de Badajoz.

Exteriormente era defendida pelos Fortes de Graça ao norte e de Santa Lucía ao sul, além dos fortines de Sao Domingos, Sao Mamede e Sao Pedro.A fortaleza somente era acessível por tra únicas portas, tecnicamente inexpugnáveis: São Vicente, Olivenza e Dá Esquina. Este formidável conjunto defensivo é hoje em dia uno dos melhores de Europa, tendo sido declarado Patrimônio da Humanidade.

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PUERTAS FORTIFICADAS
PUERTAS DE OLIVENZA

Era a principal entrada da vaga forte. Dela saía o caminho que a comunicava com a vizinha Olivenza e o enclave fortificado de Juromenha, na margem direita do rio Guadiana. Desde suas imediações, uma potente caponera a comunicava com o forte de Santa Lucía. Ademais um túnel, escavado na rocha, permitia o transito de municiopnes e pessoal entre ambos encraves.A porta como tal, estava defendida por um potente revellín perfeitamente artillado ao que se acedia por um de seus custados e uma ponte inermedio, que podian ser elevado.

O espaço intermédio entre o revellín e a cortina trancurre em recodo, sendo o fosso e a ponte perfeitamente batidos desde ambos flancos pela artilharia. A porta de acesso a cidade se abre na cortina, formando ambas um belo conjunto de traças renascentistas, profusamente enfeitado com as armas e escudos de Portugal.Foram levantadas no século XVII, concretamente no ano 1685, durante o reinado do monarca D. PEDRO II, segundo consta nas magníficas incripciones que figuram em suas frentes.

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puerta de olivenza
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PUERTAS DE SAN VICENTE
Como no caso anterior, as Portas de Sao Vicente são de estilo renascentista e estão dotadas de um belo desenho arquitetônico. Portanto também são de dupla estrutura. A primeira se encontra no revellín que se antepõe à cortina. A segunda ou principal, situa-se na cortina, e permite o passo através de um túnel em recodo, pelo que se acede ao bairro de Jibóia Fé. Ambas portas estão unidas por uma ponte que salva o fosso. Na porta do revellín uma abóbada alberga a imagem de San Vicente, santo titular das mesmas.
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PUERTA DE LA ESQUINA O DE LA CONCEPCIÓN
Esta porta tem um estrutura muito similar a suas duas irmãs. Conhece-se também como Porta da Concepção, ao tomar esse nome de uma ermida ou capela, que com essa advocación se levantou sobre a mesma cortina onde se encontra.
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OBRA CORONA
Como uma flecha de pedra enfilando o caminho de Espanha, este interessante elemento sobressai do conjunto, avançando desde o baluarte de Porta Velha. É similar a uma espécie de caponera que culmina num pequeno baluarte e duas médias luas laterais.
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OTRAS DEFENSAS ABALUARTADAS
Devido a seu magnífico estado de conservação, as defesas da cidade permitem admirar todos os elementos defensivos, que conformam uma modelo fortificação abalaurtada. Isto converte à cidade de Elvas num único e singular museu de arquitetura defensiva dos séculos XVII ao XVIII. Baluartes e cavaleiros. Escarpas, fossos e contraescarpas. Redentes, revellines e vagas de armas. Garitas, poternas e caminhos cobertos. Cortinas, portas fortificadas e traveses, Como se disse, um museu onde o visitante pode realizar uma mágica viagem ao século XVII ou XVIII.
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Entre 1807 e 1811 Portugal sofreu as invasões francesas ordenadas por Napoleão. Por outra parte, a aliança com os franceses se voltou contra Espanha, que ao ver invadido seu território, respondiço com uma sublevação popular o 2 de maio de 1808. Ao mudar o mapa política Portugal, Espanha e Inglaterra se convertem em aliados, com o objetivo de expulsar da península ibérica às forças de Napoleão.Badajoz, era neste caso a chave, para entrar em Portugal.

Mas o Duque de Wellington dispôs suas forças em Vilaviçosa, Évora e Estremoz, mantendo como ponta avançada a invicta Elvas, desde a que dirigiu as operações que durante anos se desenvolveram em Badajoz e seus arredores, destacando entre elas a cruenta batalha da Albuera. A Elvas eram transladados os feridos nas diferentes batalhas que se sucederam ao longo da fronteira. Expoente disso é o Cemitério dos Ingleses, belo e recolhido lugar que serviu para este fim e que ocupa um pequeno baluarte na zona alta da cidade.

AQUEDUTO DE AMOREIRAS

Um dos mas marcantes monumentos de Elvas é o Aqueduto de Amoreira, iniciado por decreto das Cortes de Évora, para o que se dispôs de impostos especiais. Inaugurou-se em Junho de 1622 e fué levantado sob a direção de Francisco de Arruda. Consta de 843 arcos, alguns dos quais chegam a superar os trinta metros de altura. Seus dois extremos se encontram fortificados, já que era de vital importância para a subsistência da população e de sua guarnição em caso de assédio.
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acueducto fortificado
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acueducto de Amoreiras

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DEFENSAS EXTERIORES DA FORTIFICAÇOES DE ELVAS
As fortificações que não se situavam em terrenos planos, caso de Elvas e Badajoz, e que eram dominadas desde as alturas contíguas, deviam de contar com defesas exteriores que evitassem no posibl,e a tomada destes enclaves pelos inimigos, já que desde estes pontos a artilharia podia bater decisivamente as vaga militares localizadas nestes terrenos. Elvas estava defendida por vários destas construções. Ao sul o forte de Santa Lucía, E ao norte o de Nossa Senhora de Graça. Edificações menores eram as de Sao Mamede, Sao Pedro e Sao Domingos erigida, esta última, para defender o Aqueduto de Amoreira.
FORTE DE SAO DOMINGOS
Está emplazado ao oeste da cidade e fué levantado com o claro objetivo de defender o aqueduto de Amoreiras. O abastecimento de água foi sempre vital pára para a superviv¡encia de uma cidade sitiada. É o maior dos fortines periféricos que defendem Elvas, estava artillado e dotado de diversas defesas, entre as que destacam os traveses que lhe preservavam do fogo cruzado.
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FORTE DE SAO MAMEDE
FORTE DE SAO PEDRO

O fortín de San Mamede se encontra situado ao sul do forte de Santa Lucía, vigiando a cidade pelas rota do Guadiana e Jorumenha.

Se encontra situado ao este do de San Mamede e fué levantado com posterioridade a este, já que data do tiwempo das invasões napoleônicas, entre 1805 e 1810.

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 IR AO FORTE DE NOSSA SENHORA DE GRAÇA (LIPPE)

   

     http://www.cm-elvas.pt                                         http://zedemello.blogspot.com/search/label/UNESCO                                fotografias propiedad del autor

  Antonio García Candelas     l   Sugerencias e impresoes

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